Aplicativo de paquera e sonho do marido gringo prejudicam prostitutas no RJ
O mito da procura por serviços sexuais em época de grandes eventos caiu por terra durante as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Boa parte das prostitutas que investiram em anúncios em grandes sites e cursos intensivos de inglês está amargando um belo dum prejuízo, nos diz Giovana, profissional que preferiu identificar somente seu primeiro nome.
M. nos fala também que o perfil do cliente que procura por serviços sexuais durante as Olimpíadas não costuma vir atrás de serviço sexual especializado, sofisticado, mas sim de fazer baderna e farra - seja em espaços de prostituição, seja em baladas ‘civis’ -, o que frustrou bastante as expectativas que alimentava ao criar uma versão em inglês do seu site e fazer um curso intensivo desse idioma para se comunicar melhor com os turistas.Prostituição, afirma a acompanhante de luxo M., precisa de rotina para ser rentável. Os megaeventos, no entanto, deixam tudo de cabeça para baixo. Feriados e rotina confusa para o cliente local, carta branca à violência policial, os pontos famosos de prostituição mudando de lugar ou falindo, prostitutas perdendo seus espaços de trabalho, o idioma impedindo que o cliente estrangeiro encontre informações pela internet ou se entenda com a prostituta pelo telefone.
Para completar o cenário desolador da prostituição nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ainda temos os aplicativos de pegação funcionando a pleno vapor. Eis aí uma ferramenta que a maioria das prostitutas ainda não conseguiu usar para divulgação dos seus serviços e habilidades.
0 Comentários