JACAREACANGA (PA), 07.06.222 - Quando se tem muito cartucho na "boroca" com chumbo, espoleta, e pólvora, que o caçador recebeu de forma gratuita, ou de presente não se mede distância para tentar atingir o alvo, afinal atirar com munição dos outros, não tem tanto problema em se errar o alvo. Foi mais ou menos assim que se efetivou a empreitada que tomou sobre sí O Coordenador da Associação Pusuru por orientação presumidamente politica, o Cacique Geral e outras lideranças que rumaram à Brasília com a intenção somente de vetar a indicação de uma pessoa estranha ao indigenismo de prenome MARTIM, que fora designado pela Fundação Nacional do Índio como novo Coordenador Geral da Unidade da Funai para a região do Tapajós.
O séquito do Coordenador da Pusuru, que era constituído do Cacique Geral, Vereador Aleandro, Chefe dos Guerreiros Munduruku Bruno Kabá entre outros, marcharam via terrestre em um total percorrido de quase 7 mil quilômetros com custeio da estrutura em transporte e combustíveis além de alimentação da Prefeitura Municipal.
Previamente anunciado na esfera indigenista da Capital Federal a ida das lideranças, com o intuito de barrar a nomeação do MARTIM e a efetivação de ARTHUR LEAL, na titularidade da Coordenação Regional da Funai em Itaituba, o intento traçado não deu o resultado aguardado.
Quando se fala nas despesas de viagem entre transportes, combustíveis, alimentação, faz-se no momento ilação às desnecessárias despesas e que poderiam ser evitadas com uma breve comunicação telefônica, ja que a Funai Brasília realmente não está dando muito crédito para as reivindicações do Povo Munduruku, e receber um NÃO, como receberam, iria evitar a consumação das despesas e o desgaste físico, mental desnecessário de se percorrer um caminho em ida e volta tão distante.
Já algum tempo as reinvindicações dos Munduruku não recebem apoio do Organismo Indigenista Federal, devido a falta de organização própria do povo, onde contrariando a tradicional organização social da etnia, em que seus capitães e caciques eram escolhidos de acordo e critérios estabelecidos pela ordem cultural do Povo, hoje cada qual se intitula liderança, reivindicam em nome do povo, sem terem respaldo para tal e com isso mais frágil fica o poderio de relacionamento com a sociedade envolvente. Para mostrar um dos exemplos desse conflito de lideranças. Em certo momento, encontravam-se na mesa da Presidência do órgão alguns pedidos de nomeação de Chefe para a titularidade na Funai com três, quatro nomes diferentes apresentados e nesses pedidos era mensurado que falavam em nome do Povo Munduruku.
A Funai hoje não tem o mesmo sentimento de respeito às reivindicações dos Munduruku tanto é que para manter a nomeação de MARTIM em poucos minutos de conversas com uma pessoa da assessoria da Presidência a equipe recebeu conhecimento que por razões de critérios estabelecidos pela Instituição a nomeação do novo Coordenador teria amparo legal; então as despesas, cansaços da fatigante viagem poderia ser prevenida para receberem esse NÃO até pelo Zap.
Vejam como os conflitos de lideranças em que novos lideres surgem atrapalhado a vida de todos os indígenas pela autoproclamação existentes de novos líderes. O nome de Arthur por unanimidade foi escolhido na XXXI - Assembleia Geral dos Munduruku, exarado em ATA a decisão, e recomendado que uma cópia fosse anexada ao pedido de nomeação como Coordenador e encaminhado para sua efetivação na titularidade do órgão em Itaituba.
Para lustrar um pouco e isso é corriqueiro nessas ocasiões a Assessoria da Presidência da Funai deu atenção ao clamor do indígena Dione "Lulinha" Krixi, Conselheiro para minimização de conflitos e contendas entre seu povo, buscou entendimentos como inverter o atual caso de penúria que atinge seu povo depois da abrupta intervenção ambientalista sobre as atividades garimpeiras nas Terras Indígena Sai Cinza e Munduruku, que não há uma alternativa econômica e o povo fica em situação difícil, como as esperadas respostas já aguardada não enchem barriga de ninguém a equipe sem conseguir seu intento de vetar a nomeação do novo Coordenador Geral da Funai, retorna sem conseguir nada a não ser uma resposta negativa, e como diria o CHAVES "Volta o cão arrependido" pois percorrerem quase 7 mil quilômetros para não se tirar proveito de nada, melhor mesmo era gastar crédito com o telefone celular com uma ligação de dois minutos.
Insisto em afirmar que os Munduruku não se renderão tão fácil a essa decisão que consideram intromissão de Brasília escolher uma pessoa para gerenciar o indigenismo enfiando-o de goela abaixo; como insisto em dizer que mais forte que a equipe que foi tentar a nomeação do ARTHUR foram os argumentos que concorreram para o mesmo ser preterido e nomear-se uma pessoa totalmente estranha aos trabalhos da Funai.
Pelo menos Dione "Lulinha" Krixi que introduziu assuntos sobre uma busca por alternativa econômica para o seio tribal Munduruku ao tomar conhecimento da independência econômica de algumas etnias como os HALITÍ PARECÍ localizados às margens do Rio Formoso entre MT/GO exemplificou que deve ser um modelo para ser seguido por seu povo, retornando da viagem entusiasmado em as lideranças de seu povo interagir com os PARECÍ para copiar o modelo empregado e agirem.
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