ITAITUBA(PA), 28Jan'2025 às 03h18' - O ciclo do ouro no Vale do Tapajós foi marcado por uma dinâmica de abundância seguida de abandono. Durante as décadas de ouro, a economia da região girava em torno da atividade garimpeira, movimentando comércios, mercados de equipamentos e serviços relacionados ao garimpo aviação. Porém, à medida que os recursos naturais foram sendo exauridos e a fiscalização ambiental intensificada, o impacto negativo sobre a economia local tornou-se evidente.
Com o declínio da atividade, que sepultou a garimpagem considerada ilegal com a intensa repressão policial e ambiental através dos organismos federais contra muitas comunidades que dependiam diretamente do garimpo enfrentaram uma brusca redução de renda e emprego. Pequenos comerciantes, donos de máquinas, aviação e trabalhadores em geral se viram sem alternativas econômicas. Isso revelou a dependência regional da exploração mineral e a falta de políticas de desenvolvimento sustentável que pudessem diversificar as fontes de renda. Nossos políticos em Brasília nunca se preocuparam com isso. Desmantelaram a principal atividade econômica da região sem se oferecer uma alternativa econômica, que está levando a região ao caos.
Conflitos Políticos e Pressões Externas
A repressão às atividades garimpeiras, intensificada nos últimos anos, tem como pano de fundo pressões internacionais por maior preservação da Amazônia. Países estrangeiros, ao mesmo tempo que demandam a proteção ambiental, são grandes consumidores de minerais e ouro extraídos ilegalmente. Esse paradoxo alimenta debates sobre soberania nacional, uma vez que recursos financeiros externos foram empregados para financiar operações contra os garimpeiros, muitas vezes de forma violenta e sem propor alternativas reais para as comunidades impactadas.
A frase atribuída ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "Quer árvore em pé? Dinheiro na minha mão, mané!", exemplifica a percepção local de que as políticas ambientais vêm acompanhadas de interesses externos que não consideram as realidades regionais. Embora a preservação da floresta seja fundamental, a exclusão das populações locais dessas decisões gera um sentimento de injustiça e abandono.
O Papel dos Líderes Locais
Hilton Aguiar - Secretário de governo para o sudoeste do Pará
Na arena política, Hilton Aguiar emerge como um dos principais defensores da causa garimpeira na região do Tapajós. Ele destaca a necessidade de regulamentação da atividade mineral e da criação de alternativas econômicas que possam ampliar as oportunidades para as famílias que dependem da exploração de ouro. Hilton reforça que sua atuação busca unir esforços em prol do fortalecimento econômico da região, sem deixar de lado o diálogo e a busca por soluções equilibradas e sustentáveis.
Deputado Estadual Wescley Tomaz
Enquanto isso, Wescley Tomaz, com sua trajetória política marcada por um discurso pró-regularização do garimpo, enfrentou críticas por não apresentar soluções práticas no exercício de seu mandato de vereador nem de Deputado Estadual. Sua tentativa de se eleger prefeito de Itaituba foi frustrada, em parte devido à percepção de que suas propostas careciam de eficácia e impacto real.
Desafios para o Futuro
A região do Tapajós enfrenta um dilema: como equilibrar a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico e social? A regulamentação do garimpo poderia trazer benefícios, como maior controle sobre as práticas de extração, arrecadação de impostos e redução dos impactos ambientais. No entanto, a falta de vontade política e a ausência de investimentos em alternativas econômicas continuam a ser entraves para a solução desse problema.
Além disso, as comunidades garimpeiras locais ainda enfrentam estigmatização e preconceito. O garimpeiro, muitas vezes visto como vilão em narrativas ambientais, tratado como bandido, é na verdade, vítima de um sistema que sempre o tratou como descartável. Sem apoio do governo, essas populações são deixadas à própria sorte, em um ciclo de exploração e abandono.
A Busca por Alternativas Sustentáveis
Uma possível saída para a crise seria a implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável da região. Isso inclui incentivos à agricultura, turismo ecológico, exploração mineral em pequena escala e projetos de reflorestamento. Parcerias com universidades e institutos de pesquisa poderiam ajudar a criar tecnologias mais limpas para a mineração, reduzindo os impactos ambientais e garantindo maior eficiência na extração de recursos.
Além disso, é essencial que a população garimpeira seja incluída nos processos de decisão. Apenas com diálogo e participação ativa das comunidades será possível encontrar soluções que conciliem desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
Conclusão: Um Futuro Incerto
O Vale do Tapajós, com sua rica história de abundância e luta, continua a ser um símbolo das contradições amazônicas. A busca pelo equilíbrio entre progresso e preservação é um desafio complexo, mas urgente. Sem ações concretas e compromissos de todas as partes envolvidas – governo, sociedade e comunidade internacional – o futuro da região permanecerá incerto, deixando para trás não apenas terras degradadas, mas também sonhos despedaçados.
As Ações de Hilton Aguiar no Vale do Tapajós: Luta pela Mineração Sustentável e Desenvolvimento Regional
A bandeira pela regulamentação da exploração mineral na região do Tapajós, aliada à busca por projetos que promovam alternativas econômicas, continua sendo defendida por Hilton Aguiar. O atual Secretário Regional de Governo do Pará para o sudoeste do estado tem conciliado seu trabalho em defesa das demandas da região com a promoção de soluções sustentáveis que fortaleçam a economia local.
Hilton Aguiar, que acumulou experiência em vários mandatos como vereador além de dois mandatos como deputado estadual, hoje desempenha um papel de elo entre os municípios de Altamira, Itaituba, Rurópolis, Pacajá, Uruará, Medicilândia, Anapu, Novo Progresso, Trairão, Aveiro, Vitória do Xingu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Jacareacanga e o Governo Estadual. Em sua agenda, destaca-se a busca por alternativas que mitiguem os impactos causados pela recente desaceleração vertiginosa da atividade garimpeira, promovendo o desenvolvimento de maneira integrada e responsável.
A seguir, apresentamos uma cronologia das principais ações realizadas pelo Secretário já neste mês de janeiro de 2025, evidenciando seu compromisso com o futuro da região.
08 de Janeiro de 2025
No gabinete do Secretário, em Itaituba, Hilton Aguiar recebeu grandes lideranças para um debate sobre o futuro da mineração sustentável na região. Entre os presentes estavam:
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Amaro Rosa, Presidente da Fecogap;
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Thalita Spanhol, Secretária da Fecogap;
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Cleiciane Silva Oliveira, Presidente do Instituto Tapajós (ITA);
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Gabriela Mesquita Alves, representante da Comunidade Patrocínio;
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Fernando Lucas, da Cooperativa Uniouro;
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Suelen Monteiro, representando o ITA e a OAB.
Durante o encontro, discutiram-se soluções que integrem o desenvolvimento do setor mineral com responsabilidade social e ambiental. Hilton destacou:
“Nosso papel é seguir articulando parcerias que beneficiem as comunidades e fortaleçam nossa economia.”
10 de Janeiro de 2025
Hilton Aguiar liderou um encontro produtivo com a participação de importantes lideranças e órgãos. Estiveram presentes:
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Nicodemos Aguiar, prefeito de Itaituba;
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Bruno Rolim, Secretário de Meio Ambiente de Itaituba;
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Diego Mota, Secretário de Administração;
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Murilo Aguiar, coordenador do Núcleo Regional de Gestão e Regularidade Ambiental (SEMAS NURE - Itaituba);
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Representantes do ICMBio, Fecogap, ITA, cooperativas e comunidades garimpeiras.
Na ocasião, foi apresentado o projeto “Garimpo e Sustentabilidade: Uma Visão Integrada para a Região Amazônica”, que visa fortalecer o compromisso com uma mineração responsável e integradora.
14 de Janeiro de 2025
Hilton recebeu representantes da Cooperativa Mista de Desenvolvimento Socioeconômico do Crepurizão (Comidec) e do Instituto Tapajós (ITA) para debater iniciativas que promovam o desenvolvimento da região. Entre os temas abordados, destacaram-se propostas para fortalecer a luta em defesa da regulamentação da atividade garimpeira.
16 de Janeiro de 2025
Atendendo ao pedido da população, Hilton reuniu-se com representantes das comunidades garimpeiras de Jardim do Ouro, Água Branca, Patrocínio e Crepurizão. Também participaram a vereadora Maria Pretinha e a advogada Luciane Oliveira, que acompanharam os comunitários ao encontro.
As demandas apresentadas incluíram:
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Emissão de documentos pessoais;
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Transporte para saúde;
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Apoio à mineração legal.
Hilton reafirmou seu compromisso:
“Estamos juntos para articular parcerias que tragam resultados concretos para essas comunidades.”
21 de Janeiro de 2025
Com grande expectativa, o Secretário recebeu Fernando Lucas, da Cooperativa Uniouro, e Guilherme Aggens, da GeoConsult Pará, para discutir o projeto “S.O.S Tapajós – Sustentabilidade, Organização e Seletividade”. O projeto visa implementar ações que promovam o desenvolvimento sustentável da região, equilibrando crescimento econômico e responsabilidade ambiental.
Hilton concluiu a reunião afirmando:
“Seguimos firmes trabalhando por um Tapajós mais organizado e ambientalmente responsável.”
Reflexão e Perspectivas
O trabalho de Hilton Aguiar no mês de janeiro de 2025 destaca sua dedicação à defesa da mineração legal e sustentável, assim como sua preocupação com o futuro das comunidades do Vale do Tapajós. Por meio de articulações, projetos e parcerias, ele busca garantir que o desenvolvimento econômico da região esteja alinhado com princípios de responsabilidade ambiental e social.
Com um olhar atento às demandas locais e à construção de soluções de longo prazo, o Secretário reafirma seu compromisso com um Tapajós mais forte, sustentável e integrado. O desafio de equilibrar progresso econômico e preservação ambiental é grande, mas as iniciativas em curso mostram que é possível construir um futuro promissor para a região e suas comunidades.
"A diferença entre a palavra certa e a palavra quase certa, e a diferença entre o relâmpago e o vagalume"
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