O Ministério Público do Estado do Pará tem primeira promotora de justiça quilombola da história do Brasil.
Pertencente à comunidade quilombola de Jutaí, no Maranhão, Karoline Maia foi a primeira da família a concluir a graduação. Ela passou no concurso do Ministério Público do Pará e foi empossada como promotora de justiça da cidade de Senador José Portírio, no sudeste paraense.
Ela foi uma das agraciadas pelo Projeto Identidade, da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que tem como prioridade promover uma maior diversidade nos quadros do Ministério Público.
“O orgulho que a gente sente é imenso por este momento. Pelo menos uma pessoa de nossa família, uma família de pretos, uma família de quilombolas. Posso até dizer que meu pai chegou a ser escravo, porque trabalhou desde os sete anos de idade. Isso impactou muito nossas vidas. E quando a gente vê que pelo menos uma pessoa conseguiu se sobressair a gente não tem palavras para resumir nossos sentimentos”, desabafa a irmã Joana Maia, logo após prestigiar a cerimônia de posse.
Os pais de Karoline faleceram antes da filha se formar.
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