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O ex-presidente e atual candidato à presidência republicano, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que explodiria o Irã "em pedacinhos" se o país tivesse como alvo um candidato americano ou ex-presidente dos EUA, após sua equipe de campanha afirmar que a inteligência americana alertou o magnata sobre ameaças "reais e concretas" de assassinato vindas de Teerã. O candidato foi alvo de um atentado e uma tentativa de assassinato com cerca de dois meses de diferença.
— Como vocês sabem, houve duas tentativas de assassinato contra a minha vida de que temos conhecimento, e elas podem ou não envolver, mas possivelmente envolvem, o Irã — disse Trump em um evento de campanha na Carolina do Norte. — Se eu fosse o presidente, eu informaria ao país que está ameaçando, nesse caso o Irã, que se vocês fizerem algo para prejudicar essa pessoa, nós vamos explodir suas maiores cidades e o próprio país em pedacinhos.
Trump continuou dizendo que ele e os Estados Unidos foram "ameaçados de forma muito direta pelo Irã" e que uma mensagem firme precisava chegar a Teerã sobre as mais severas consequências caso a nação persa se envolvesse em conspirações para matar ou ferir um presidente ou candidato americano.
Trump também disse que era "estranho" o fato de o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, estar em Nova York esta semana e ter recebido proteção substancial enquanto participava da Assembleia Geral das Nações Unidas, que teve início na terça-feira, mesmo com o surgimento das notícias sobre as ameaças.
— Temos grandes forças de segurança protegendo-o e, ainda assim, eles estão ameaçando nosso ex-presidente e o principal candidato a se tornar o próximo presidente dos Estados Unidos — disse.
Trump fica ferido em comício na Pensilvânia após disparos serem ouvidos
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As observações foram feitas no momento em que os líderes mundiais se esforçam para tentar desescalar as tensões no Oriente Médio e evitar que as hostilidades entre o movimento xiita libanês Hezbollah, apoiado e financiado pelo Irã, e Israel se transformem em uma guerra regional mais ampla. Até o momento, centenas de pessoas já morreram no Líbano desde segunda-feira, com o Ministério da Saúde confirmando mais 51 mortos nesta quarta-feira.
No dia anterior, a campanha do ex-presidente afirmou em comunicado que Trump "foi informado [ ..] pelo Escritório do Diretor de Inteligência Nacional sobre ameaças reais e concretas do Irã para assassiná-lo, em um esforço para desestabilizar e semear o caos nos Estados Unidos". O Irã há muito tempo nega essas acusações, chamando-as de "maliciosas".
O país rejeitou as acusações de que estaria tentando matar Trump, logo depois que um atirador abriu fogo em um comício na Pensilvânia em 13 de julho, matando uma pessoa e ferindo o candidato presidencial na orelha. Dias depois, o republicano publicou nas redes sociais que, se o Irã o matasse,
"espero que os Estados Unidos obliterem o Irã, eliminem-no da face da Terra".
Semanas antes do atentado, o esquema do republicano havia sido fortemente reforçado após autoridades americanas tomarem conhecimento de um suposto plano iraniano para matá-lo, disseram fontes de inteligência à CBS. A rede americana também relatou que as informações sobre uma possível operação iraniana contra Trump foram obtidas por meio de "inteligência de fonte humana".
Na ocasião, a a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, disse que os oficiais de segurança dos EUA estão "monitorando ameaças iranianas contra ex-funcionários da administração Trump há anos".
— Essas ameaças decorrem do desejo do Irã de buscar vingança pela morte de [Qasem] Soleimani. Consideramos isso uma questão de segurança nacional e interna da mais alta prioridade — disse Watston, mas afirmando que a investigação "não identificou vínculos" entre Crooks e "qualquer cúmplice ou coconspirador, estrangeiro ou doméstico".
Em meados de agosto, as agências de segurança e inteligência dos EUA acusaram a nação persa de estar por trás da invasão dos sistemas de campanha do candidato republicano e viram sinais de que Teerã tentou fazer o mesmo contra a vice-presidente e atual candidata democrata, Kamala Harris. A conclusão ocorreu dias após a equipe do candidato denunciar um suposto ataque e ligá-lo aos iranianos.
O porta-voz do republicano acredita que essas "ameaças" ilustram o fato de que "o regime terrorista do Irã adora a fraqueza de Kamala Harris e está aterrorizado com o poder e a determinação do presidente Trump".
Nesta quarta-feira, Trump sugeriu que o suposto assassino na Pensilvânia havia usado "aplicativos potencialmente estrangeiros" e que o suposto atirador na Flórida tinha vários telefones celulares que, segundo o presidenciável, as autoridades dos EUA não conseguiram abrir. O suspeito foi preso foi preso no último dia 15 de setembro depois de fugir quando agentes do Serviço Secreto o encontraram armado perto do campo de golfe nos arredores de sua mansão em Mar-a-Lago, onde o candidato presidencial estava jogando.
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