A investigação começou após a apreensão de cerca de 800 gramas de mercúrio metálico em um aeródromo de Roraima, durante ação conjunta de fiscalização da Polícia Federal e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Usado por garimpeiros para separar o ouro de outros sedimentos e, assim, deixá-lo "limpo", o mercúrio é um metal altamente tóxico ao ser humano. Após ser usado, ele é depositado nos rios — processo que passa pela evaporação do material e circulação na atmosfera, causando poluição ambiental. Além disso, entra na cadeia alimentar dos animais e afeta diretamente a saúde da população, principalmente os povos tradicionais.

O material estava em um hangar ligado à aeronave investigada. De acordo com a investigação, o piloto utilizava o avião para transportar insumos ao garimpo ilegal, mesmo sem autorização para atuar como táxi aéreo.

Durante a operação, também foram impostas medidas cautelares, incluindo a proibição de acesso ou aproximação a áreas de garimpo e terras indígenas, além da suspensão da licença de voo do investigado.